Seguidores

quinta-feira, 18 de abril de 2013

NUTRIÇÃO



Nutrição


Dietas Hospitalares
De acordo com a finalidade, as dietas são classificadas em:
- Dietas de Rotina
- Dietas especiais
1- Dietas de Rotina
- Dieta Líquida
tem consistência líquida e requer o mínimo de trabalho digestivo. Usada nas disfagias, desconforto gastro intestinal, dificuldade de mastigação e deglutição e nos pré e pós-operatórios.
Alimentos permitidos: água, chá, gelatinas, sucos, vitaminas de frutas, caldos, sopas liquidificadas, mingau ralo.
- Dieta Leve
Tem consistência semi líquida. Usada nos pré e pós-operatórios e distúrbios gastrointestinais.
Alimentos permitidos: caldos, sopas, carnes, verduras, legumes (bem cozidos e em forma de purê), arroz, frutas macias, gelatinas e pudins.
- Dieta Branda
Constituída de alimentos bem cozidos, restrita em celulose e alimentos fermentáveis. Usadas nos pré e pós-operatórios e em transição para a dieta geral.
- Dieta Pastosa
Usada principalmente em casos onde há dificuldade de mastigação e deglutição.
Alimentos permitidos: todos com consistência pastosa cremosa (purês, sopas cremosas, arroz bem cozido, papa de bolacha, pudins, frutas cozidas, etc.)
- Dieta Geral, Livre ou Voluntária
Usada nos casos em que o paciente pode receber qualquer tipo de preparação e alimentos variados sem restrições, de acordo com sua tolerância.
2- Dietas Especiais
- Dieta para Diabéticos/Hipocalórica
Dieta para pessoas que não podem comer açúcar, sendo necessário controlar os alimentos energéticos: arroz, batata, pão e massa.
São proibidos:
- alimentos e bebidas que contenham açúcar
- alimentos gordurosos e frituras em excesso.
- Dieta Hipercalórica
Dieta com o objetivo de fornecer mais energia. Deve ser oferecida maior quantidade de arroz, massa, doces.
- Dieta Obstipante ou Sem Resíduos
Para pacientes com diarréia. Não podem comer verduras cruas ou cozidas, legumes, frutas cruas, frituras e alimentos gordurosos, leite e derivados, doces (só gelatina) e sucos de frutas (com exceção do limão, maçã e goiaba)
- Dieta Laxativa ou Com Resíduos
Para pacientes com intestino preso. Devem comer maior quantidade de verduras, legumes, frutas (laranja, mamão, ameixa) e líquidos.
- Dieta Hiperproteíca
Contém maior quantidade de proteínas. Oferecer leite, gelatina, carne, iogurte, queijos e ovos.
- Dieta Hipoproteíca
Contém menor quantidade de proteínas.
- Dieta Hipogordurosa (para pessoas com problemas de fígado)
Contém pouca quantidade de gordura. São proibidos: manteiga, margarina, queijo, iogurte, leite (só desnatado), frituras e alimentos gordurosos.
- Dieta Hipossódica
Dieta com controle de sódio e sal. São proibidos: pão francês, bolacha de água e sal, cream craker, queijos salgados e embutidos. Pode ser oferecido até 2g de sal em sache.
- Dieta Assódica ou Sem Sal
Dieta preparada sem adição de sal no cozimento dos alimentos.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

CREATININA E UREIA

O que é creatinina?


 '' NÃO CONFUNDÃO  AS PALAVRAS: CREATINA E CREATININA, ELAS SÃO PARECIDAS, PORÉM SEU SIGUINIFICADO É DIFERENTE .''



Nossos músculos precisam de energia para exercer suas funções. O "combustível" que gera esta energia é uma proteína chamada creatina fosfato, produzida a partir das proteí
nas da nossa alimentação. A creatina fosfato é sintetizada no fígado e posteriormente armazenada nos músculos.

A nossa musculatura está permanentemente em atividade, mesmo quando estamos em repouso. Isto significa que estamos o tempo inteiro consumindo creatina fosfato. A creatinina é uma espécie de lixo metabólico resultante deste consumo constante. Após a sua geração, a creatinina é lançada na corrente sanguínea, sendo eliminada do corpo pelos rins.

Resumindo este ciclo:
- proteínas ingeridas na dieta »» produção de creatina fosfato pelo fígado »» consumo da creatina fosfato pelos músculos para geração de energia »» produção de creatinina »» eliminação da creatinina pelos rins.

Diariamente, cerca de 2% de toda creatina fosfato armazenada em nosso corpo é convertida em creatinina pelo metabolismo dos músculos. É essa creatinina resultante que dosamos nas análises de sangue.

Mas por que a creatinina serve para avaliar a função dos rins?

A creatinina é uma substância inócua no sangue, sendo produzida e eliminada de forma constante pelo organismo. Se o paciente mantém sua massa muscular mais ou menos estável, mas apresenta um aumento dos níveis de creatinina sanguínea, isso é um forte sinal de que o seu processo de eliminação do corpo está comprometido, ou seja, os rins estão com algum problema para excretá-la.

Se os rins não estão conseguindo eliminar a creatinina produzida diariamente pelos músculos, eles provavelmente também estarão tendo problemas para eliminar diversas outras substâncias do nosso metabolismo, incluindo toxinas. Portanto, um aumento da concentração de creatinina no sangue é um sinal de insuficiência renal.

Qual a importância da dosagem da creatinina?
Exame creatininaEstima-se que em todo o mundo existam milhões de pessoas com algum grau de disfunção dos rins; 70% destes nem sequer desconfiam que possam estar doentes. O método mais eficiente de se diagnosticar precocemente as doenças do rim é através da dosagem da creatinina.

Inúmeras doenças podem levar à doença renal crônica, mas seis delas correspondem a grande parte dos casos:

- Hipertensão.

- Diabetes.

- Rins policísticos.

- Glomerulonefrites.

- Infecções urinárias de repetição.

- Cálculos renais de repetição.


É muito comum os médicos ouvirem a seguinte frase:
- Ah, doutor, meus rins estão ótimos, eu urino muito bem e eles não doem.

Isto é um grande equívoco! A insuficiência renal crônica não costuma causar sintomas até fases bem avançadas da doença. O fato de não sentir dor nos rins não significa nada. Em geral, o rim só provoca dor quando há cálculo renal ou infecção. Todas as outras doenças renais não costumam cursar com dor.

Existe também o mito de que urinar bem é um sinal de saúde renal. Na verdade, o controle da água corporal é apenas uma das atribuições dos rins. Inicialmente, o rim torna-se incapaz de filtrar as toxinas, mas consegue eliminar água sem maiores problemas. A redução do volume da urina é um sinal muito tardio, que muitas vezes só ocorre depois que a insuficiência renal está muito grave e o paciente já precisa entrar em programa de hemodiálise.


Portanto, o fato de urinar bons volumes e a ausência de dor nos rins não é garantia de saúde dos mesmos.

A dosagem da creatinina é importante para se detectar a insuficiência renal em fases precoces, evitando, assim, as complicações da doença. Os rins, além do controle da água corporal, também agem no(a) :

- Excreção de substâncias sanguíneas, como remédios ou toxinas.
- Níveis sanguíneos de eletrólitos, como potássio, sódio, magnésio, cálcio e fósforo.
- Produção de hormônios que controlam os glóbulos vermelhos (hemácias).
- Controle da massa dos ossos.
- Controle da função da coagulação do sangue.
- Controle do pH do sangue.
- Controle da pressão arterial.

A insuficiência renal crônica é uma doença que costuma progredir lentamente e de forma silenciosa ao longo de anos, fazendo com que todas as funções acima estejam comprometidas. Não diagnosticar a doença renal precocemente significa não agir em tempo hábil sobre esses problemas.


Quem deve dosar a creatinina?

Qualquer indivíduo sob risco de desenvolver doença renal deve dosar sua creatinina sanguínea. Isto inclui pessoas que apresentam:

- Hipertensão.
- Diabetes.
- Idade maior que 50 anos.
- História familiar de rins policísticos.
- História familiar de glomerulonefrite.
- História familiar de insuficiência renal crônica.
- Uso crônico de anti-inflamatórios.

- Infecção urinária de repetição.
- Cálculos renais de repetição.
- Edemas (inchaços) sem causa definida.

- Anemia sem causa definida.

- Doenças cardíacas graves, principalmente insuficiência cardíaca.
- Alterações na urina como sangramento (em geral se apresenta como urina cor de Mate ou Coca-Cola) ou excesso de espuma (parece colarinho de chopp) que é um sinal de proteinúria.

- Pessoas com emagrecimento, perda de apetite, náuseas matinais e fraqueza intensa sem causa aparente.
- Obesos.

- Fumantes.


Então, como eu faço para saber se meus rins estão a funcionar de modo correto?

A ureia, também produzida no fígado após metabolização das proteínas da alimentação, é um outro marcador de função renal muito utilizado. Em geral, para avaliação dos rins, solicita-se a ureia e a creatinina conjuntamente. Todavia, a creatinina é um melhor marcador, já que a ureia pode vir alterada em casos de desidratação, uso de diuréticos, sangramento digestivo, alimentação rica em proteínas, doença do fígado etc...

O raciocínio é simples: as duas substâncias (ureia e creatinina) são produzidas constantemente pelo organismo e são eliminadas pelos rins. Deste modo, a sua concentração mantém-se sempre estável. Se os rins passam a não funcionar bem, elas começam a acumular no sangue. Portanto, quanto pior for a função renal, mais elevados serão os valores de ureia e creatinina.

Além das dosagens de creatinina e da ureia, o médico também pode solicitar um exame simples de urina, chamado de EAS ou urina tipo 1.


Quais são os valores normais de creatinina?

Os níveis normais da creatinina variam entre 0,6 a 1,3 mg/dl. Porém, esses valores não são absolutos e devem ser interpretados pelo seu médico. Como a cretinina é produzida pelos músculos, pessoas musculosas apresentam taxas basais maiores. Um jovem esportista pode apresentar até 1,4 mg/dl de creatinina sem ter doença renal, enquanto que uma senhora idosa e magra, com 1,2 mg/dl, pode ter rins doentes. Portanto, não se interpreta a creatinina como um valor absoluto. Deve-se levar em conta sexo, idade e peso do paciente.

Através do resultado da creatinina seu médico pode calcular a taxa de filtração renal (também chamada de clearance de creatinina), que é basicamente o volume de sangue filtrado pelo rim a cada minuto. Rins normais filtram até 180 litros de sangue por dia (aproximadamente 120 ml/min). Valores abaixo de 60 ml/min são indicativos de insuficiência renal crônica.